sexta-feira, 22 de julho de 2011


Lembro-me bem, quando ainda criança pensava no futuro. Como tanto desejava crescer. Lembro da minha frustração ao ver pessoas mais velhas saindo e pensava ''eu quero fazer isso logo''. É engraçado o modo como crianças veem o futuro. As vezes penso naquela época e de como eram mais simples as coisas. Ser criança é tão aconchegante. Você tem seus pais ou responsáveis sempre ali, cuidando de você. Não precisamos saber em quem confiar, alguém sempre está dizendo o que é certo e errado. Apenas vivemos. Eu queria nem que fosse por 2 segundos voltar naquele tempo. Me pego vendo fotos de infância e sempre vem um sorriso em meu rosto e uma imensa nostalgia toma conta de mim (....) É tão bom. Sinto-me apenas privilegiada. Sei que não voltará, nem por 2 segundos... pelo menos as lembranças estão aqui. Aquele sentimento de estar sempre protegida é tão mágico, eu quero tanto de volta. Deve ser por isso que nos apegamos à pessoas amadas rapidamente. Nos sentimos de um modo ou de outro, protegidas, magicamente...

Coisas que vivi, passei e senti. Todos os verbos no passado querendo se ampliar no futuro. As fotos só me trazem saudades do tempo em que nada importava. As fotos nos fazem descobrir que éramos felizes e simplesmente não sabíamos, não demos importância e muito menos o valor que realmente merecia para cada momento vivido. Mas a vida continua e as recordações além de estarem em fotos, bilhetes, sonhos e saudades estão guardadas no coração por sete chaves. Cada momento, palavra, toque, saudade, cada choro, riso, sonho e a idéia de viver para sempre ainda preenche meu coração. O passado já não volta, mas ele continua eterno em nosso pensamento. Mas acaba valendo a pena, mesmo as coisas não tendo chegado aonde você queria que chegasse, cada segundo foi único e jamais nenhum outro será igual. Nunca se arrependa de nada, por mais que as coisas não tenham saído como planejou, por mais que tenha errado sem saber que estava errando, fosse com si mesmo ou com outros. Cada experiência é única, sendo ela boa ou ruim, sempre vai servir pra te dar lições e te ensinar como agir da próxima vez!

Saudade.. acho que sei o que é. Saudade é sentir o seu perfume na rua e correr a te procurar. é escutar nossas músicas fazendo força para não chorar . lembrar dos momentos juntos e ressaltar os da felicidade que você veio me proporcionar e de como era bom estar a seu lado vendo esse olhar, dizendo para mim vem me beijar. Saudade é procurar nos jardins seu sorriso e não encontrar.. é recostar na cama a noite e te imaginar. Lembrar da tua face e vibrar. Saudade por fim, é parar para pensar no quanto quero te amar e no quanto eu preciso de você. 

sábado, 16 de julho de 2011


Que pena que o tempo foi passando e fomos descobrindo o verdadeiro "eu" de cada pessoa né? Aquelas que diziam ser suas melhores amigas? Te decepcionaram mais uma vez.. Sei que você não quer acreditar o porque de tudo isso, o porque de uma amizade tão bonita e tão transparente acabar.. O porquê de toda confiança quebrar como um cristal... O porque também, de todos aqueles momentos maravilhosos acabarem e de todos os planos que um dia, as " melhores amigas " fizeram. Quantas histórias teriamos pra contar aos nossos filhos, amigos né? Sempre tentei abrir teus olhos em relação as tuas amizades, te ajudar a descobrir quem realmente tava do teu lado na hora do aperreio.. e você? Sempre com o mesmo papo do tipo " eu sei que ela é isso, eu sei que ela é aquilo.." e nenhuma mudança! Na minha opnião, o respeito é a base de qualquer coisa, inclusive de uma amizade quão forte era a nossa. Hoje me encontro aqui; decepcionada com alguém que nunca imaginei ficar. Hoje mais que NUNCA estou aqui pra te avisar pela ultima vez, que amiga de verdade é aquela que te livra de qualquer barreira, e não aquela que fala com você quando precisa.. E além de tudo, também tou aqui pra falar que te amo e que mesmo com tudo isso, eu não vou te deixar sozinha, quando você estiver.

quarta-feira, 13 de julho de 2011


Me traz você, rápido, por favor. E leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega.

segunda-feira, 4 de julho de 2011


Me acostumei com o que era errado, com o que não prestava. Me acostumei a sempre ter que me mostrar mais mulher do que realmente era pelo fato de brincarem comigo como se eu fosse uma criança. Me acostumei a lidar com o errado, que agora, não lembro mais como é agir quando tudo esta correto, na mais perfeita sintonia. Me acostumei a ter uma pulga atrás da orelha e saber que quando o celular dele estava na caixa postal, era um sinal que a coisa que ele menos queria era me atender. E agora que me atendem na primeira chamada? Ele que tão fiel, tão centrado, tão homem e amigo me entende e só desperta de mim sentimentos bons? Onde é que eu aprendo a lidar com o que me deixa em paz? Tão bonito, diferente e sincero que eu tenho até medo de estar com sorte demais. Como se tudo isso não bastasse, o fato dele combinar demais comigo faz dele meu auto-retrato e alguém que eu possa além de tocar, beijar, me espelhar. Embora eu só pense em nós dois, de longe eu até consigo criar um futuro imaginário com ele. E assim que ele segura as minhas mãos nos fazendo um só, eu tenho medo de aplicar de uma maneira ou de outra os joguinhos de orgulho e conquistas que tantas vezes pratiquei no meu passado. E meus assuntos, são os seus assuntos e fala de todas as formas possíveis a mesma língua que eu. Cantamos no mesmo ritmo e dançamos nos mesmos passos. Enquanto em minha mente, milhares de perguntas se multiplicam. E se eu errar com ele? Ele é tão diferente, e eu acostumada com todos tão iguais já nem sei o que fazer. Eu só não tenho mais medo porque ele me pediu para que eu ficasse tranqüila. E não é que eu seja submissa, mas dessa vez eu obedeci. O fato dele se encaixar perfeitamente na minha vida, no momento certo, faz eu querer agrada-lo, sabendo que só de ter aparecido no momento certo na vida dele também, ele só tem a me agradecer. Além de amor, é amizade e afeto, carinho misturado com paixão... Eu espero que isso não escape de minhas mãos e eu não machuque esse sentimento, de tão forte que estou tentando segurá-lo. GB!

Garçom,uma dose de uísque por favor! Porque aguentar toda a hipocrisia que me cerca fica difícil quando se está sóbria. É um tal de interesses escondidos por uma fina camada de pseudo-amizade, risos que possuem um leve toque artificial, bocas sorridentes mas com olhos distantes...são atitudes que me enojam. Talvez você já tenha visto isso em meio a multidão do bar. Aquelas garotas um tanto risonhas demais e garotos com ares de donos da situação (apenas ares,se é que me entende). Acho que você já deve ter visto tudo isso acontecer com pessoas mais velhas também, afinal todos são iguais quando se trata de manter as aparências. Quer saber? Acho melhor cancelar o uísque e pedir uma vodka, que é para aquecer esse meu coração gelado que só perdeu calor por causa do contato. É uma coisa que aprendi em Física certa vez, talvez você também tenha visto essa parte da matéria onde diz que dois corpos em contato transferem calor entre si. Pois é, de tanto ficar em contato com corações gelados e de certa forma artificiais o meu também se transformou em algo assim: gelado e em certos momentos incapaz de sentir. Agora que me vejo aqui, lembro quando disse a mim mesma que nunca recorreria a bebida para diminuir minha dor e consolar meu coração. Acho que é a força do hábito, depois de tanto tempo usando essa tática medíocre que só me fez ser tão igual aos outros que são o que nunca quis ser. Estou falando por enigmas? Desculpe, deve ter sido a bebida. Melhor trocar por uma água que vai purificar meu interior e assim vou clarear minha mente e ter tempo para pensar. Pensar na velha eu que deveria ter sido a unica eu. Pensar no que essa nova eu fará. Pensar em ser nova mais uma vez. Apesar que se tudo isso não tivesse acontecido, talvez eu não teria aprendido sobre o mundo, sobre as pessoas ou sobre mim. Se quer saber,não é aqui que a mudança vai acontecer por isso vou para casa tirar essa máscara que esconde minha beleza natural, essas roupas que transmitem a imagem de alguém que não sou e mudar esse cabelo que não sei porque cortei assim. Coloca na conta as outras doses e acrescenta mais uma água por favor. Que eu vou guardar essa nota para nunca mais pagar uma conta de bar tão amarga quanto esta.

Não gosto de ler manual. Nunca entendi as regras do jogo. Quero tudo assim, na prática. Na queima-roupa. Eu gosto assim: se não for pra me jogar de cabeça prefiro ficar estática. Se não for 8, nunca será 80; e se depender de mim, vai acontecer. Cansei de ouvir regras, de ler manuais - ou fazer parte de um - de deixar de vestir um vestido curto com medo do que irão rotular. De colocar a camisa-vestido do meu pai, e sair na rua como se usasse uma tomara-que-caia. Já fui de me importar mais, viver menos e hoje sou assim. São só reflexos solares de um passado duvidoso, um dúvida que me persegue até esses dias, mas hoje não me importa tanto assim. Ás vezes tem lá suas consequências, mas o que seria da vida sem os erros e os acertos?
Quero pular de bung-jump, sentir o vento passar pelo meu cabelo; quero ir à Fortaleza só pra me jogar do insano com toda a insanidade que há em mim. Quero ir ao sul e assistir um pôr-do-sol nas serras gaúchas apreciando um chimarrão, que tantos dizem ter gosto de mato. Quero conhecer o Acre e provar que ele existe, mesmo que pra mim, lá no fundo eu sustente essa dúvida. O que seria da vida se você deixasse seus medos tomarem conta de sí?
"Espere ele ligar primeiro" "Não retorne a ligação" "Se ele estiver interessado, que ligue". Não, definitivamente isso não faz parte de mim. Eu gosto do que dá-na-telha, do que fazem meus olhos brilharem e do me arranca um sorriso com facilidade. Gosto de atirar na lata, se ela cair, caiu. Se não, atiro na outra e um dia uma terá que cair. Regras não me fazem, não me acompanham. Não abaixo minha voz quando tenho razão, muito menos deixo de gargalhar quando o momento pedir silêncio. Não faz parte de mim.
Eu tenho lá as minhas crenças, meus medos e minha virtudes. Mas sei controlá-los dentro de mim. Aprendi a dizer não, e dizer sim quando tenho vontade, não porque devo fazer desse jeito. Não precisei me jogar de uma ponte nem ir à um parque aquático pra ser assim. Nasceu em mim. Vai morrer em mim. Se eu tiver que beijar eu beijo, se eu tiver que ligar no dia seguinte eu ligo. E nem pense você que seja feminismo meu. Eu deixei meus medos irem, e dei asas a mim mesma. Pra voar e conhecer o mundo. E com certeza delas, eu não precisei ler o manual.

Partes dela te querem, te desejam e moveriam céus e terras para ter você. Aqui, em instantes. Partes te desejam longe, imerso, sem um carinho se quer que te traga de volta. Esquecido; Partes dela te esqueceu, porque foi e o que foi, foi. De onde vem tanta contradição, do coração? Da cabeça, sem pé. Flutuando em histórias que há de contar a quem quer que seja, mesmo que seja mentira. Porque se comunica através das palavras como ninguém. Voz; daquelas que ficam em sua mente mesmo depois de dormir, do tanto que a usa. E fala, fala como ninguém! Se usar do silêncio, é plano. Eu acredito que seja. O ar que a rodeia ela conhece como liberdade, que muitos tentam roubar, tentar tirar. Em vão; não conseguem. Quem consegue? Nem ela sabe. Que ao tentar se prender, se solta aos poucos por não ter esse costume casual de ficar intacta em um lugar só. É da vida; é do mundo. Não dá pra defini-lá ao certo, quando mil mulheres invadem a vida de uma só, é paixão na certa. Por mil e um homens também. Conquista e muito. Mil e um jeito que caibam em mil e um corações e agrada a todos. Vai, se entrega, te acompanha, onde você for. Acompanhada desse "Me leva" nítido em seus olhos que faz você ceder. Seu acessório maior não é os brincos que usa com tanta frequencia refletindo sua vaidade. É seu diálogo, sua conversa, sua comunicação. Raramente não consegue, com aquele jeitinho, pedir; conseguir o que quer. Alguma dessas mil e uma que existe dentro dela, sofre, chora. Rapidamente esquecida, afinal, existem outras mil em destaque. Ter o que quiser, influenciar o que tiver a ter mais sempre. Amiga do mundo, em sí. Acolhe tudo em seus milhares de braços, diversas maneiras de abraços. Alguma dessas mil não tem medo; tem atitude. Se joga, vai e não volta. E conquista! Sem cessar. Todos os dias. São tantas, que hoje, eles nem sabem qual escolher. Mas a certeza nós temos: eles querem, querem muito!

Anos de vivência nas costas e ela ainda não aprendeu que o medo só a atrapalha. Noites sem dormir, dias chorando, e o medo que a consome como uma faísca em meio a um posto de gasolina. Tudo que ela queria era poder esquecer do passado e seguir em frente, mas ela ainda está presa, pelo medo do novo, do possível, do sincero, do real, do amor. Sentimentos se misturando dentro dela se tornando uma mistura homôgenea onde razão e emoção se misturam fazendo com que qualquer decisão pareça um tanto quanto precipitada. Coração quente, mão fria, lágrimas nos olhos e nó na garganta, a vontade de querer se entregar por completo e o medo de não dar certo. A coragem: chega ali e fica adormecida, quase nula quando finalmente um choque de realidade passa por ela. Ao sair de seu mundo onde nada acontece por medo ela começa a entender que na verdade tudo que se deve fazer é arriscar. Dizer aquelas três palavras que só devem ser ditas quando algo é real, deixar-se levar por palavras bonitas e declarações de amor, jurar amor eterno independente de quanto tempo seja o eterno. Passar noites sem dormir apenas por não conseguir fechar os olhos de tanta felicidade, escrever cartas sem esperar resposta nenhuma, amar e não esperar ser amada. Correr riscos, sentir frio na barriga, saber que tudo pode ser ou não correspondido, depende de como você vai encarar o sim, ou o não. Ela foi vivendo e com o tempo foi aprendendo que para não sentir medo é preciso muito mais do que coragem, é preciso amor.

Nasci assim. Feminista demais. Talvez porque na familia 80% serem homens, nós mulheres temos a responsa de representar duplamente as mulheres da familia.
Saia curta, vestido justinho, salto 15, blush, rímel, pó. Quem me olha pela rua já deve com certeza imaginar o quão arrumadinha posso parecer, mas ainda bem que muitas vezes as aparências enganam. E definitivamente esse é o meu caso. Penso mais que falo, algumas vezes falo até sem pensar, tão humana quanto qualquer ser humano, erro, berro e volto atrás quantas vezes puder. Tentar, arriscar, sempre foi uma das minhas caracteristicas, e no meu horoscopo  já sei de cor: mente anos à frente, assim como Da Vinci, Tom Jobin, Michael Jordan. Mas e aí, homens de novo?
É preciso que seja calculado o equilibrio perfeito entre minha frieza e o calor de alguns atos, para que sejam transformados em amor. E que sejam recompensados devidamente, pra quem merece. Meu pacote veio de nascença, e nele vinham letras garrafais: cuidado. frágil. Cabeça dura, dura na queda, dura e rancorosa. Já ouvi me falarem que consigo lembrar de detalhes do passado tão bem quanto um livro de história, mas se me falares teu nome hoje, em 5 min já não lembro mais a letra inicial. Há quem diga que seja memória de primata: só guarda o que realmente importa. Se quiser passar por essa areia e deixar suas pegadas, faça por onde detalhes fiquem impressos. Garanto que eles fazem mais diferença que atitudes brutais.
Mas e que fique claro: nem sempre você me vê do jeito que sou. Posso sorrir delicadamente, mas apenas para espantar os fantasmas que aqui dentro habitam. Te olho fixamente, mas com certeza minha mente deve estar vagando pela esquina lá de casa. Posso falar entrelinhas, muitas vezes sem até perceber. Posso prender meu cabelo do jeito que for, e nem sempre será apenas pelo calor insurpotável. Posso escolher a salada muitas vezes sonhando com a pizza. São escolhas que meu insconsciente não me deixa fazer. Muitas vezes brinco que ele me conhece até melhor que eu mesma.
Se hoje te abraço, é preciso que corresponda me dando colo até que seja cordial aos mimos que preciso. Hoje em dia ninguém pergunta como foi seu dia sem nenhuma intenção, não pergunta se você conhece alguem por mera curiosidade ou lhe dá um presente não esperando nada em troca. É a lei do dar e receber. Mas será se muitas vezes vale a pena doar demais e não receber nem metade?
São rótulos, fachadas, muitas vezes herdadas, ou até caracteristicas de nascença. Algumas, que nem o fiel espelho pode me mostrar. Complicada demais? Quem sabe. Se for, comecei a conviver e aceitar essa complicadez. Aceitar essa dualidade, ou até mesmo transformar à meu favor.
Acho que tô com vontade de mundo. De descobrir. De algo que me desestruture e me mova. De mudança. De movimento. De explosão.